ALMIR ALVES: Como a zica age no cérebro

Por Um Comentario
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O nome Zica tem sua origem na floresta de Zika, perto de Entebbe, capital da República de Uganda, onde o vírus foi isolado pela primeira vez em 1947. É relacionado aos vírus da dengue, da febre amarela, os quais igualmente fazem parte da família Flaviviridae.

Atualmente, a América Latina vem enfrentando um surto de vírus da zica. Suspeita-se que a entrada do vírus no Brasil tenha se dado durante a Copa do Mundo de 2014, quando o país recebeu turistas de várias partes do mundo, inclusive de áreas tropicais atingidas de forma mais intensa pelo vírus, como a África, onde o vírus surgiu.


O Ministério da Saúde confirmou a relação entre o vírus Zika e a microcefalia. Em amostras de sangue e tecidos, realizados em um bebê, nascido no Ceará, com microcefalia e outras malformações congênitas, foi identificada a presença do vírus da zica, Essa é uma situação inédita na pesquisa científica mundial. Pela primeira vez os cientistas brasileiros descobriram como o vírus da doença age dentro da célula nervosa em formação, O estudo em laboratório mostrou o roteiro traçado pelo vírus da Zica, Ele entra na célula e passa a se reproduzir em larga escala. Logo depois, a célula ativa um sistema de defesa, ficando paralisada e não se desenvolve mais. Em seguida ela morre. Em consequência disso, o número de neurônios é muito menor no feto infectado. Os cientistas encontraram alteração em 500 genes e proteínas dentro das células atacadas pelo vírus da Zica, o que provoca a má formação do cérebro. Pelo relatado dos casos até o momento, as gestantes cujos bebês desenvolveram a microcefalia tiveram sintomas do vírus Zika no primeiro trimestre da gravidez. No entanto, o cuidado para não entrar em contato com o mosquito Aedes aegypti é para todo o período da gestação.

Por tanto, tendo em vista todos estes argumentos apresentados anteriormente, é possível constatar que ao entender o que o vírus faz nas células do cérebro, os cientistas podem impedir a evolução dele e, assim, agir mais rapidamente, encontrando soluções entre os medicamentos já existentes e aqueles que podem ser mais eficazes contra o vírus da zica, ou ainda ajudar a criar remédios novos a partir dessas informações. Essas descobertas, no entanto, não tiram a obrigação de cada um no combate ao mosquito causador da zica, dengue e chikungunya. O melhor é que as pessoas não fiquem esperando um medicamento e deixem de se proteger. A prevenção até este momento é a nossa maior arma contra o mosquito.

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