COLUNA RUAMO: E a Bolsa segue decolando

Por Sem Comentarios
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Para a surpresa de muitos, o índice Ibovespa, principal índice da B3 (Brasil, Bolsa e Balcão), segue subindo firme com destino aos 100.000 pontos. O resultado chama a atenção porque em 23 de março (menos de dois meses atrás) o índice alcançava o seu piso aos 63.569 pontos, onde muitos analistas previam que a queda seria maior ainda. Desde então, a alta acumulada é de 53,60% em um período curtíssimo. No pregão de hoje, dia 08 de junho, o fechamento ficou em 97.644, com uma alta diária de 3,18%. Para efeito de comparação, apenas este ganho diário já seria mais que o rendimento obtido em um período de 12 meses investindo em um título conservador de renda fixa com a taxa Selic no patamar atual.

Mas afinal, por que o mercado de ações segue subindo enquanto o desemprego no Brasil e os casos de covid-19 só aumentam? Primeiro, a bolsa brasileira segue os rumos do noticiário econômico mundial, que vai se recuperando conforme as principais economias do mundo vão reabrindo o comércio de forma gradual. Semana passada, por exemplo, houve uma notícia que foi de encontro às previsões e surpreendeu a todos; a criação de 2,5 milhões de empregos nos Estados Unidos no mês de maio. Além desses fatos, é preciso entender como funciona o mercado de renda variável. A bolsa possui uma máxima, que é de se antecipar aos fatos. Desta forma, houve uma queda muito grande logo quando os primeiros casos de covid-19 foram confirmados no Brasil, com um sentimento de aversão ao risco tomando conta dos investidores e muitos se desfazendo de suas posições, jogando o preço dos ativos lá para baixo. Agora os analistas trabalham com a expectativa da chamada recuperação em “v”, caso que vem se confirmando; queda rápida, mas recuperação também rápida.

Mas há um terceiro fato que chama a atenção e precisa ser citado para ajudar a explicar esse fenômeno. Em março, mês da maior queda da bolsa, o número de CPF’s cadastrados aumentou 15%, passando para 2,24 milhões de cadastros, e o valor aportado neste mesmo mês foi de R$17,6 bilhões. Mostrando que o brasileiro está aos poucos se interessando mais por novos tipos de investimentos
É um cenário totalmente novo na história das grandes crises, por isso a confusão na mente. Na última grande crise mundial, em 2008, o Ibovespa só chegou perto de recuperar o patamar de antes da crise após dois anos. Por isto é importante mantermos sempre a cautela, saber enxergar as oportunidades e sempre poder diversificar os investimentos. Como diz o ditado, nunca ponha todos os ovos em uma única cesta.



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